Matadouro São Geraldo - Alunas: Gabriele, Katieeline e Rafaela. Turma: 101

MATADOURO SÃO GERALDO

No início do século XX, a atividade econômica que mais se destacava na região Sul era o abate de gado nos matadouros.
A antiga Pedras Brancas (hoje Guaíba) era o 7º distrito de Porto Alegre e pela proximidade e condições geográficas tornou-se um centro distribuidor de charque, com o matadouro municipal, e prósperos charqueadores, abastecendo a capital, cidades vizinhas e até mesmo as regiões Norte e Nordeste.
Dessa forma, com o objetivo de agregar um novo matadouro no distrito de Pedras Brancas, no ano de 1916, a família Link instala-se na localidade, trazendo desenvolvimento econômico através da construção de um matadouro de médio porte, com o fechamento do matadouro municipal os irmãos Link, compram um área de aproximadamente de 10 hc (hoje localizada no centro da cidade) e inicia-se a construção do matadouro São Geraldo.
Para a construção do novo matadouro, foi contratado um engenheiro suíço que trabalhava na prefeitura de Porto Alegre, ele desenvolveu o programa de necessidade do matadouro e projetou o estabelecimento, a construção iniciou-se no ano de 1926 e em 1927 a obra foi concluída, com um estilo misto “Inglês Vitoriano” totalizando uma área construída de 2.429,80m².
O matadouro, que recebeu o nome de São Geraldo, era considerado como um dos mais modernos do estado tornando-se época, um dos maiores do ramo, abatendo de 250 a 300 cabeças ao dia. O gado que era abatido vinha de todas as regiões do estado, principalmente do sul e do oeste.
O estabelecimento São Geraldo ampliou-se na área, aproveitando cada vez mais o que os animais (suínos, ovinos e bovinos) tinham a oferecer, além da carne eram produzidos charque, salame, linguiça, graxa para uso doméstico, sebo, chifres, cascos e cabelos (para as fábricas de pentes e pincéis). Além das atividades econômicas acima, no local também existia uma fábrica de adubos.
Houve também investimentos, no transporte fluvial as barcas que faziam a travessia para a capital eram pequenas e, então o embarcadouro do São Geraldo foi aumentado para fazer o transporte pesado do seu comércio e de terceiros.
Em 1972, o próprio desenvolvimento industrial e os abates clandestinos determinam seu fechamento.


A HISTÓRIA DA FAMÍLIA LINCK

Com origens em Aldeias dos Anjos, hoje Gravataí, a família Linck que já se destacava no ramo de Curtume, passa por Porto Alegre e finalmente instala-se em Guaíba.
Cel. Frederico Linck, o fundador do Matadouro São Geraldo, após ver o curtume de sua família se perder devido a um incêndio, inicia em Guaíba, antiga Pedras Brancas, um grande desenvolvimento através de seu empreendimento.
Alem de se destacar no setor econômico do município, Frederico Linck, também obteve reconhecimento como homem público na área política, exercendo por 16 anos o cargo de Deputado Estadual.
Participou também, como Coronel da Guerra Nacional, da resistência na Revolução de 1983, e foi amigo de Getúlio Vargas.
Como administrador, foi diretor da Caixa Econômica Estadual e provedor da Santa de Misericórdia, em Porto Alegre.
Mas de acordo com JOBIM (1990), “o responsável pelo desenvolvimento do Matadouro São Geraldo, foi o seu filho, Oswaldo Linck”. Onde através de sua ambição, obteve muito sucesso com aquilo que havia projetado. Porém, aos 33 anos, Oswaldo morre prematuramente, vítima de peritonite, provocado por apendicite. Bruno Linck continuou com excelentes resultados.

Agora faltam as fotos...